Barcelos, Braga
Músicas e Danças
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A Banda Plástica de Barcelos foi criada em 1976 com o objetivo de participar nos saraus artísticos promovidos pelo Centro Cultural e complemento do Coral de Barcelos, mas rapidamente mostrou ter alma própria e lançou-se de forma independente, sem nunca deixar de ser parte integrante do Centro Cultural.
A imagem “plástica” da Banda remete-nos para um mundo de sonho e fantasia. As suas fardas multicolores, casaco azul com botões de fantasia, calças brancas com risca vermelha ou azul, boné de fantasia e laço, inspiradas no tradicional “Músico de Barro de Barcelos”, fatores que ligam o grupo às suas raízes culturais e lhe conferem uma autenticidade única.
A banda é composta por 25 elementos, do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 8 e os 85 anos, com as mais variadas profissões, desde professores, funcionários públicos, comerciantes ou operários. Todos colaboram de forma gratuita e voluntária, pois o que os une é a amizade, amor à música e, naturalmente, a dedicação a Barcelos e às suas tradições.
As músicas interpretadas pela Banda Plástica são, sobretudo, rapsódias, constituídas por temas populares portugueses ou êxitos internacionais. “Cantigas da Rua”; “Marchas de S. João”; “O Galo de Barcelos”; “Funicul funiculá”, são apenas alguns exemplos. E há sempre, em cada espetáculo, a preocupação de, em cada lugar ou localidade, tocar temas que sensibilizem os locais.
Os instrumentos utilizados, uns são verdadeiros e outros de fabrico artesanal, confecionados por elementos da banda, em tubo e materiais de plástico que, em primeira instância, deram o nome à banda – Banda Plástica.
O seu sucesso já deu origem a milhares de espetáculos em Portugal e no estrangeiro, a realçar o Brasil, França, Espanha (Sevilha – Expo92) e Estados Unidos da América. Em Portugal, de destacar as participações no Portugal Fashion, realizado no Coliseu do Porto, em 1996 e a Expo 98 em Lisboa. Em Barcelos, a banda é habitualmente solicitada para colaborar nos principais eventos anuais promovidos pelo município, tais como, a Festa das Cruzes, Feira do Livro, Feira de Artesanato, Cortejo de Carnaval. As suas atuações são verdadeiros momentos de êxtase seja onde for e com quem for.
O maestro, o elemento mais pândego e alegre do grupo, é uma personagem indispensável nas suas atuações. De batuta em punho, de labita de fantasia à maneira, de flor ao peito e cabeleira, representa o eterno amante da música e da vida. Ele é o próprio espetáculo dentro do espetáculo. Com gestos largos e graciosos, ora voltado para o público, ora para os seus músicos, entre trejeitos e descompassos, a todos transmite alegria e boa disposição.