Ponte de Lima, Viana do Castelo
Procissões e Romarias
As Feiras Novas, a última grande romaria anual do Alto Minho, são o expoente máximo da exaltação de um mundo de cores, sendo consideradas como e maior manifestação etnográfica ao vivo que se realiza em Portugal.
A festividade em honra de Nossa Senhora das Dores assume-se desde sempre como romaria, festa alegre agregadora de um sem número de fiéis que se deslocam para prestar culto à imagem de Nossa Senhora. Festa essencialmente religiosa, na sua origem, transforma-se, com o tempo, em festa de arraias, de cortejos e outras atividades lúdicas.
Os tempos são outros, mas a tradição ainda se mantém viva e recomenda-se. Num monumental arraial popular, dançam-se as chulas, o malhão, e o vira minhoto, numa festa incontornável da cultura popular que perdura 24 horas por dia, razão pela qual é conhecido pela “Romaria de noite e de dia”.
Mais do que as festas concelhias, as Feiras Novas são uma marca, uma referência nacional reconhecida em toda a parte, que atraí estúrdios e visitantes, oriundos dos mais diversos lugares, ávidos de alegria e tradição.
Elevam a cultura popular através do folclore, das tocatas de concertinas e cantares ao desafio, dos encontros de bombos, dos concertos das bandas de música, do desfile de cabeçudos e gigantones, dos concursos pecuários, das tradicionais corridas de garranos e dos sublimes cortejos e do grandioso fogo de artifício que se realiza desde o início do século XIX, mesmo antes da instituição das Feiras Novas em 1826. Por isso, as Feiras Novas são diferentes, ativas, buliçosas, sempre novas na continuidade das tradições.
Os cortejos etnográficos e histórico lembram e celebram o património cultural e histórico da vila e do concelho, realçando as ocupações ligadas ao mundo rural e às profissões tradicionais. A festa culmina com a procissão solene de segunda-feira em Honra de Nossa Senhora das Dores, uma das maiores procissões de figurado que se conhece, é a celebração da fé e do património religioso dos crentes limianos.