Coimbra, Coimbra
Procissões e Romarias
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Após a canonização da Rainha Santa Isabel, são diversas as manifestações religiosas em sua honra, sob o patrocínio régio.
Em 1560, surge a Confraria da Rainha Santa Isabel, que abrangia todos os estratos socias. Objetivos: prestar o culto a Santa Isabel, promover a sua devoção litúrgica e organizar as celebrações processionais religiosas na cidade de Coimbra.
Em 1647, o D. João IV e D. Luiza de Gusmão, tornam-se elementos da Confraria, elevando a sua reputação.
A 15 de julho de 1771, D. José renova a irmandade, determinando que a procissão solene fosse realizada anualmente, a 4 de julho, acompanhada pela Câmara, Colegiadas e Ordem Terceira de S. Francisco.
Em 1883, limitações económicas da Confraria condicionaram a periodicidade das festas e procissão, passando a realizar-se de dois em dois anos.
A procissão da Rainha Santa Isabel, no século XVI e XVII, revela semelhanças organizativas e estruturais com a procissão do Corpo de Deus, a mais celebrada no reino.
Em finais do seculo XIX, a imagem da Rainha Santa utlizada na procissão não apresentava a dignidade pretendida: “escultura grosseira e tosca, exibia-se numa inestética padiola, que servia de andor”. Este facto tornou-se conhecido da Rainha D. Amélia, que ofereceu uma nova e imponente imagem da Padroeira, esculpida por Teixeira Lopes. A 9 de julho de 1896, é estreada nas Festas da Rainha Santa.
Ao longo dos tempos, o percurso da procissão, sofreu algumas alterações. Em 1892, com a participação do rei D. Carlos e da rainha D. Amélia na procissão, o itinerário estabelecido manteve-se até à atualidade.
Desde o século XVI, as ruas são ornamentadas pelos respetivos moradores, a par de alvorada de salvas e repiques de sinos.
Na Procissão da Penitência (noite de quinta-feira), a imagem é transportada (em ombros, numa cadência ritmada), desde a Igreja do Convento de Santa Clara-a-Nova até à Igreja do Mosteiro de Santa Cruz, proporcionando aos devotos o cumprimento das suas promessas. Integra todas as Irmandades e Confrarias da Igreja, representantes de associações e instituições da sociedade civil e militar.
Quando a imagem chega à Ponte de Santa Clara, é queimado um “boquet” de fogo-de-artifício e lançadas rosas sobre a imagem da Rainha Santa.
Na Procissão Solene e Louvor (tarde de domingo), a imagem regressa à Igreja do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova. É presidida pelo Bispo da Diocese, para além do Pálio, integra figuras de relevo do poder político local, da Universidade – Lentes (com as insígnias doutorais) e Estudantes (com os seus trajes académicos).
As Festas em honra da Rainha Santa Isabel continuam a realizar-se no mês de julho, em anos pares. Num misto de manifestações religiosas e laicas, esta última vertente relacionada com o Dia da Cidade de Coimbra (4 de julho) e as Festas da Cidade, têm como ponto alto as Procissões. A cidade fica engalanada para acolher milhares de fiéis e visitantes criando uma atmosfera festiva e devocional única em torno da Padroeira da Cidade.